domingo, 15 de agosto de 2021

 Borboleta de ferro...✍

Você é de ferro? Não, não é. E não precisa ser a vida as vezes parece exigir isso, e as pessoas parecem te exigir isso, mas, veja bem, você é de carne e osso. Precisa chorar em algum lugar, em alguma hora. Alguém já viu uma borboleta chorar? Não sei responder...
Precisa conversar com alguém, sentar por um minutos, confessar suas angústias ou será erro? Cuidar de si, chorar também faz parte do viver, assim como fazer uma faxina, difícil cansativo, no inicio, para equilibrar seu bom humor, afastando certas pessoas (e não móveis). Entrar na sua casa -dentro de você, e ver a bagunça ali na sua frente, e titubear porque não sabe de onde começa...Mas mantenha a esperança de que algum momento, surpreendentemente, alguém bate a sua porta e suavemente peça para entrar, numa visita reconfortante e ajudar com a faxina... E fazer você voltar a sorrir.
FatinhaPessoa💃
"Se as borboletas falassem.."

 Resiliência ...✍

É ter o apuro da inteligência prática para guiar o curso das coisas
É ter nobreza para não desviar dos intentos altivos e deixar-se levar pela afobação febril e nefanda.
É dar um passo de cada vez, é enxergar as pedras, desviar das pedras, eliminá-las.


É sentir o corpo esmorecer e elevar à ultima potencia o limite do seu corpo.
Ainda que doa\
Que sangre\
Que a cabeça volteie\...
FatinhaPessoa💃
Diálogos e Monólogos ( livro ainda escrevendo )

 RETRATO DE UMA SAUDADE✍

Quando o dia chega ao fim /
A noite rebenta grávida de melancolia/

Não te disse o quanto te amei /
Cadê momento oportuno?/

O tempo passa.../
E os versos seguem silenciosos/
Guardados no ventre/

Sinto-os solitários latejando/
Por enquanto é só /
Uma canção de abismo*/

Sonho de sono inquieto/
Fingidora morte em vida/

É doce sussurrar de monólogo/
Não há gosto nem perfume/
Somente Saudade.
(FatinhaPessoa)💃
Fragmento do meu livro ---->"Se as Borboletas Falassem"🦋🦋

domingo, 17 de março de 2019

Eu pronuncio o seu nome
nas noites escuras,
quando as estrelas vêm
beber na lua
e os galhos dormem
das folhas escondidas.
E eu me sinto oco
de paixão e música.
Relógio louco que canta
horas velhas mortas.

Eu pronuncio seu nome
nesta noite escura,
e seu nome soa
mais distante do que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais doloroso que a chuva suave.

Eu vou te amar como então
alguma vez? Que culpa
Você tem meu coração?
Se o nevoeiro desaparecer,
Que outra paixão me espera?
Será quieto e puro?
Se meus dedos pudessem
desfolha a lua !!
Ele deixa de querer e você não sabe
porque deixa de querer.
É como abrir a mão e encontrá-la vazia
e não sabendo, de repente, o que nós deixamos.

Para de querer e é como um rio
cuja corrente nova não extingue mais a sede;
como andar no outono nas folhas secas
e pise na folha verde que não deveria ter caído.

Ele deixa de querer e é como o cego
que ainda diz adeus, chorando, depois que o trem passou;
ou como quem acorda lembrando de um caminho,
mas ele só sabe que estou voltando para ele.

Ele pára de querer quando sai
andar por uma rua sem motivo, sem saber;
e está encontrando um diamante brilhando no orvalho,
e que, quando apanhados, evaporam também.

Deixa de querer e é como uma viagem
parou na sombra, sem continuar ou retornar;
e está cortando uma rosa para decorar a mesa,
e deixe o vento desfolar a flor na toalha da mesa.

Deixa de querer e é como uma criança
que ele vê seus navios de papel naufragados;
ou escreva a data de amanhã na areia
e deixe o mar levá-lo com o nome de ontem.

Deixa de querer, e é como o livro
que, ainda aberto folha a folha, era meio lido;
e é como o anel que foi removido do dedo,
e só então soubemos que estava emoldurado na pele.

Ele pára de querer e você não sabe
por que você pára de querer ...
Eles TEM razão
essa felicidade
pelo menos em maiúsculas
não existe
ah, mas se existisse com uma minúscula
Seria semelhante ao nosso breve
presole

depois da alegria a presoledad
depois da plenitude vem a solidão
Depois do amor vem a solidão.

Eu sei que é uma deformação fraca
mas a verdade é que nesse minuto durável
se sente
sozinho no mundo
sem alças
sem pretextos
sem abraços
não há ressentimentos
sem as coisas que unem ou separam.

E nessa única maneira de estar sozinho
nem mesmo um tem pena de si mesmo.

Os dados objetivos são os seguintes:

há dez centímetros de silêncio
entre as mãos e minhas mãos
uma borda de palavras não ditas
entre seus lábios e meus lábios
e algo que brilha tão triste
entre seus olhos e meus olhos
claro que a solidão não vem sozinha

se você olhar por cima do ombro murcho
da nossa solidão
vai parecer um impossível longo e compacto
um simples respeito pelo terceiro e quarto
esse contratempo de ser gente boa.

Depois da alegria
depois da plenitude
depois do amor
vem a solidão.

Complacente
mas
O que virá a seguir
da solidão?

Às vezes eu não sinto
tão só

se eu imaginar
melhor, se eu sei
que além da minha solidão
e o seu
mais uma vez você está
embora me perguntando sozinho
o que virá a seguir
da solidão.
Amar é uma angústia, uma pergunta
uma dúvida suspensa e luminosa;
é querer saber tudo sobre você
e ao mesmo tempo um medo de finalmente saber disso.

Amar é reconstruir, quando você se afasta
seus passos, seus silêncios, suas palavras,
e fingir seguir o seu pensamento
quando ao meu lado, finalmente imóvel, você cala a boca.

Amar é uma raiva secreta
um orgulho gelado e diabólico.

Amar não está dormindo quando na minha cama
você sonha em meus braços que cingem você
e odeio o sonho que, sob sua testa,
talvez em outros braços você se abandone.

Amar é ouvir seu peito
até encher o ouvido ganancioso,
o rumor do seu sangue e da maré
da sua respiração rítmica.

Amar é absorver sua seiva jovem
e junte-se a nossas bocas em um canal
até a brisa da sua respiração
Eles estão impregnados para sempre minhas entranhas.

Amar é uma inveja verde e muda
uma ganância sutil e lúcida.

Amar é provocar o doce instante
em que sua pele procura minha pele acorda;
saciar ao mesmo tempo a ganância noturna
e morrer novamente a mesma morte
provisório, desolador, escuro.

O amor é uma sede, aquele com a ferida
Que queima sem ser consumido ou fechado,
e a fome de uma boca atormentada
que pede mais e mais e não está satisfeito.

O amor é uma luxúria incomum
e uma gula voraz, sempre deserta.

Mas amar também é fechar os olhos
deixe o sono invadir nosso corpo
como um rio de esquecimento e escuridão,
e navegue sem rumo, à deriva:
porque amar é, finalmente, uma indolência.