
Monólogo de uma Pecadora
Apaguei as luzes e precisei confessar o que ia no meu íntimo às águas azuis do mar que ali mefitava em sua eterna mudez.Quando pela manhã, na hora que o sol nasce,saio em direçãoao mar, pelo caminho o olhar se faz mais suave,efeito do encantamento das flores úmidas de orvalho;sento-me na dourada areia da praia de Carapibus a ler 'Poemas de Vinicius', meu coração ali mergulha e meus olhos viajam ao som invisivel da "Canção de Abismo"-. É momento de meditar, de paz e intensa emoção, comose a natureza toda estivesse grávida
-Num tempo não muito distante o queimor de solescaldante que ardia entre minhas pernas, levou-mea deitar sobre um sexo avolumado, faminto, agoniadopelo desejo de ser tragado pela gruta úmidaprotegida por coxas macias - que sempre iniciavamum galope louco por aquele corpo de homem lobo.
O depois - era uma pausa como numa sinfonia de Mozart,nos olhos dele brilhavam um riso dourado e nos lábios a vontade que tínhamos de conversar tantas coisas, noentanto apagávamos as vozes e os cílios para adormeceralados...Será ilusão ser feliz ou infeliz?
Levo minhas mãos aos lábios e agora é que percebo terareia arranhando nos dentes. Subitamente lembro o gosto deliciosodos beijos dele- me fazem ter saudades...Saudades do prazercúmplice. Imagino buscar um lugar para esquecê-lo e paralá morrer devagarinho - morrer suavemente como morrem as rosas...
Pecador!...O teu silêncio é tão terrivelmente gélido...espero respostas,não consigo me controlar,poderia também permanecer na estática da vida, segurando o desejo.Tenho receio do perigo e da ameaça que é se estar apaixonada,tantos sonhos sonhei antes de te encontrar e agora busco uma afirmação do que o que sentimos realmente foi verdadeiro - para nós dois.Só agora tenho coragem de contar sobre ele.
Tão fera ferida (eu) sempre fôra...E no entanto, apesar da experiência de muitos cotidianos desastrosos vividos, deixei-me seduzir...Abrí-me para a paixãodesmedida, avassaladora...Ele, pele e coração de lobo, uma energia que transbordava através dos poros - algo fascinantee adorávelmente sedutor. Renunciei á minha segurançapétrea e me entreguei à luxúria. Deixou-me tão depressa - logo após ele ter me transformadoem papier mâché.---,Grava mar - você que é meu confidente, tudo que tefalo, em confissão, neste momento de profunda tristeza.
Fátima Pessoa
* Canção de Abismo é título do Livro do Escritor Ricardo Anisio
-Num tempo não muito distante o queimor de solescaldante que ardia entre minhas pernas, levou-mea deitar sobre um sexo avolumado, faminto, agoniadopelo desejo de ser tragado pela gruta úmidaprotegida por coxas macias - que sempre iniciavamum galope louco por aquele corpo de homem lobo.
O depois - era uma pausa como numa sinfonia de Mozart,nos olhos dele brilhavam um riso dourado e nos lábios a vontade que tínhamos de conversar tantas coisas, noentanto apagávamos as vozes e os cílios para adormeceralados...Será ilusão ser feliz ou infeliz?
Levo minhas mãos aos lábios e agora é que percebo terareia arranhando nos dentes. Subitamente lembro o gosto deliciosodos beijos dele- me fazem ter saudades...Saudades do prazercúmplice. Imagino buscar um lugar para esquecê-lo e paralá morrer devagarinho - morrer suavemente como morrem as rosas...
Pecador!...O teu silêncio é tão terrivelmente gélido...espero respostas,não consigo me controlar,poderia também permanecer na estática da vida, segurando o desejo.Tenho receio do perigo e da ameaça que é se estar apaixonada,tantos sonhos sonhei antes de te encontrar e agora busco uma afirmação do que o que sentimos realmente foi verdadeiro - para nós dois.Só agora tenho coragem de contar sobre ele.
Tão fera ferida (eu) sempre fôra...E no entanto, apesar da experiência de muitos cotidianos desastrosos vividos, deixei-me seduzir...Abrí-me para a paixãodesmedida, avassaladora...Ele, pele e coração de lobo, uma energia que transbordava através dos poros - algo fascinantee adorávelmente sedutor. Renunciei á minha segurançapétrea e me entreguei à luxúria. Deixou-me tão depressa - logo após ele ter me transformadoem papier mâché.---,Grava mar - você que é meu confidente, tudo que tefalo, em confissão, neste momento de profunda tristeza.
Fátima Pessoa
* Canção de Abismo é título do Livro do Escritor Ricardo Anisio
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