quinta-feira, 7 de junho de 2018

A quem interessa a Guerra?
O homem primitivo considerava uma virtude derramar o sangue estrangeiro. A guerra perdura, porque o homem evoluiu do animal, tornando-se humano, e todos os animais são belicosos, as causas ( primitivas) das guerras :
-A fome, que leva a surtidas em busca de alimento. A escassez de terras tem sempre trazido a guerra e, durante essas lutas, as primeiras tribos pacíficas praticamente foram exterminadas
-A escassez de mulheres — uma tentativa de aliviar a falta de ajuda doméstica. O rapto de mulheres tem sempre sido uma causa de guerra.
-A vaidade — o desejo de exibir a bravura tribal. Grupos superiores lutavam para impor o seu modo de vida aos povos inferiores.
- A vingança era motivo de guerra quando uma tribo acreditava que outra tribo vizinha houvesse causado a morte de um companheiro de tribo. O luto continuava até que uma cabeça era trazida para a tribo. A guerra pela vingança foi considerada justificada, até uma época relativamente moderna.
- Os escravos — a necessidade de recrutas para as fileiras de trabalho.
-A recreação — a guerra era encarada como uma recreação pelos jovens dessas épocas primitivas. Se não havia nenhum pretexto bom e suficiente para que a guerra surgisse, quando a paz se tornava opressiva, tribos vizinhas costumavam entrar em combates semi-amistosos, em escaramuças, como folguedos, para desfrutarem de um simulacro de batalha.
E Finalmente a RELIGIÃO ! A religião — o desejo de fazer conversões para o próprio culto. As religiões primitivas, todas, aprovavam a guerra. Apenas em tempos recentes a religião começou a reprovar a guerra. Infelizmente, os sacerdócios primitivos, em geral, eram aliados do poder militar. Com o passar do tempo, um grande passo na direção da paz foi o esforço para se separar a igreja do estado.
O ser humano, tão logo, resolveu parcialmente o problema da sua subsistência, o homem deparou-se com a tarefa de regulamentar as relações humanas. O desenvolvimento das atividades organizadas requeria leis, ordem e ajustamentos sociais; a propriedade privada requeria uma administração. A guerra é uma reação animalesca aos desentendimentos e às irritações; a paz acompanha a solução civilizada de todos esses problemas e dificuldades.








 Quais as consequências para uma pessoa que ignora as emoções negativas?
Imagine que vc está infeliz num trabalho, mas fica dizendo: "pelo menos tenho um emprego, vou ignorar isso". Cinco anos depois, vc estará na mesma posição e não terá aprendido com suas emoções. Os sentimentos contêm informações a respeito das coisas com as quais nos importamos. Se está desmotivado num emprego e presta atenção nisso, pode se perguntar o que o faz infeliz, se é a falta de crescimento de criatividade ou de colaboração. As emoções permitem trazer à tona nossos valores e, assim, ver o que fazer de diferente. Muitos têm dificuldade com isso porque têm medo.Mas sentir emoções não é ser dominado por elas. Elas são informações, não direcionamentos. Não é porque vc está chateado com 'chefe' que vai brigar com ele, entretanto , vc pode entender o que essa situação representa e tomar decisões guiadas por seus valores.Não fazer isso, pode nos tornar vítimas de pensamentos irracionais. A depressão é a principal causa do afastamento do trabalho no mundo, e penso que é resultado disso.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Vale Mais Ser Amado ou Temido?

 Satisfatório ou ideal seria ser as duas coisas, mas como é difícil reunir as duas coisas, é muito mais seguro - quando uma delas tiver que faltar - ser temido do que amado. Porque, dos homens em geral, se pode dizer o seguinte: que são ingratos, volúveis, fingidos e dissimulados, fugidios ao perigo, ávidos do ganho. E enquanto lhes fazeis bem, são todos vossos e oferecem-vos a família, os bens pessoais, a vida, os descendentes, desde que a necessidade esteja bem longe. Mas quando ela se avizinha, contra vós se revoltam. E aquele príncipe que tiver confiado naquelas promessas, como fundamento do ser poder, encontrando-se desprovido de outras precauções, está perdido. É que as amizades que se adquirem através das riquezas, e não com grandeza e nobreza de caráter,
 compram-se, mas não se pode contar com elas nos momentos de adversidade. Os homens sentem menos inibição em ofender alguém que se faça amar do que outro que se faça temer, porque a amizade implica um vínculo de obrigações, o qual, devido à maldade dos homens, em qualquer altura se rompe, conforme as conveniências. O temor, por seu turno, implica o medo de uma punição, que nunca mais se extingue. No entanto, o príncipe deve fazer-se temer, de modo que, senão conseguir obter a estima, também não incite o ódio.

Nicolo Maquiavel, in 'O Príncipe'



O EVANGELHO SEGUNDO A FILOSOFIA.
Para combater a 'CRENDICE', cultive o estudo das ciências, para combater candidatos a TIRANOS cultive o "debate  de ideias".
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*Para os romanos, a solidão procede de um ódio ao gênero humano; para São Bento, ela devia ser encorajada, pelo menos enquanto reflexão.

*Leitor do Evangelho, São Francisco pôs-se simplesmente a imitar a figura humana de Jesus, como um viés otimista em relação ao homem.
* MEDO.
O medo é uma coisa meio estranha, o terror é tão louc, tão real e o pior que temos de lidar com tudo isso. Existir é sobreviver a escolhas injustas.


Refletindo sobre o Conhecer.

Na vida real incontáveis vezes, a pergunta: O que eu conheço? Pensei em várias coisas que no meu cotidiano eu conheço, mas serão verdade realmente as coisas que eu conheço?

Percebo que pode ser que tudo o que eu tenha são crenças, algumas até muito razoáveis, mas nada de que eu possa dizer que é uma verdade irrefutável. Percebo, então, que me falta um parâmetro para examinar as minhas crenças e verificar quais são realmente certas e quais são falsas.

Durante a história da filosofia, vários foram os filósofos que tentaram estabelecer as condições para que algo fosse tomado como absolutamente verdadeiro, isto é, uma verdade que independesse de fatores circunstanciais e que fosse algo que não fosse verdadeiro para mim ou para um grupo de pessoas, mas para todos os seres racionais. Ou seja, tivesse condições universais de validade.

Temos contato diariamente com pessoas ou grupos de pessoas com crenças que para alguns são estranhas, ou mesmo para nós. É preciso que se trate de uma verdade universal, isto é, válida para todos, tanto para a maioria quanto para as minorias. Portanto, o que os filósofos investigam são as condições universais de validade, aquelas condições que independem das opiniões particulares que eu ou outra pessoa possa ter.

Quando o assunto é conhecimento – não foi fácil observar e concluir que há um enorme abismo entre as experiências minhas de ‘cada-dia’ e todas aquelas coisas que penso saber acerca de mim mesma e do mundo. “No “texto do autor Hessen (pag.33 - linhas 20 e 21)” a verdade do conhecimento é a concordância desta imagem com o objeto “- essa definição nos leva a crer que conhecer é se colocar racionalmente (sujeito <-> objeto) em um espaço, espaço esse no qual o conhecimento seja uma impressão ou conceito cujas regras ou critérios tenham compartilhamento público e racional.

Na investigação sobre as condições de validade do nosso conhecimento um grupo de filósofos merece destaque: os céticos. O termo cético vem da palavra grega skepsis, que significa "exame". Atualmente, dizemos que uma pessoa cética é alguém que não acredita em nada, mas não é bem assim, seria radicalizar essa concepção ou conceito. Um filósofo cético é aquele que coloca suas crenças e as dos outros sob exame, a fim de verificar se elas são realmente dignas de crédito ou não. O criticismo também como possibilidade de conhecimento é a verdade conhecida somente pela crítica e reflexão (Kant). Em contra mão ao ceticismo existe o dogmatismo que aceita a verdade sem questionar a razão dessa certeza, dessa possibilidade do conhecimento.

Há várias correntes filosóficas como a dos Racionalistas, para estes só é aceito o conhecimento se haver validade universal e necessidade lógica. No entanto, ele reconhece juízos parciais que são aqueles que dependem de experiências. O Empirismo afirma que o conhecimento é fonte de experiências e que o pensamento não se produz sozinho.



Bibliografia:

Hessen, Johannes. Teoria do Conhecimento. Coimbra, Arménio Amado, 1973.

ESQUEMA DAS QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE A TEORIA DO CONHECIMENTO

O Fenômeno do Conhecimento

Dualismo – (sujeito/imagem/objeto) –

- Sujeito - É estudado pela Psicologia.

- Imagem- Estudada pela Lógica.

- Objeto – Estudado pela Ontologia.

Ontologismo: escola que dá importância demasiada ao objeto.

- Em relação aos objetos temos:

- Objetos reais;

- Objetos ideais (Relações matemáticas, etc.)



Psicologismo, logismo e ontologismo são posições extremas quanto aos fenômenos do conhecimento.

Dessas três posições acima, surgem as seguintes perguntas com relação ao conhecimento:

- 1- Possibilidade do conhecimento;

- 2- Origem do conhecimento;

- 3- Essência do conhecimento.

SOBRE A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

Dogmatismo: Possibilidade do conhecimento verdadeiro. – Aristóteles;

O dogmatismo apresenta-se sob várias formas:

a- Teórico : Não há problema para a relação sujeito X objeto;

b- Ético : Aceita a possibilidade de conhecimento de valores, a verdade da relação sujeito-objeto e institui normas;

c- Religioso : Posição idêntica à anterior.

Ceticismo-Impossibilidade de haver conhecimento verdadeiro. - Descartes;

Relativismo- ou subjetivismo –Possibilidade relativa de se atingir a verdade;

Pragmatismo- conceito de verdade ligado ao de útil, trazendo harmonização homem-meio – William James;

Criticismo – Verdade conhecida somente pela crítica e reflexão – Kant



SOBRE A ORIGEM DO CONHECIMENTO

Empirismo - Origem do conhecimento através da sensação - Locke;

Racionalismo – Origem do conhecimento baseado na razão – Descartes;

Intelectualismo – posição entre racionalismo e empirismo – Aristóteles;

Apriorismo – Tb.entre racional. e empir. porém c/condição a priori – Kant.



SOBRE A ESSÊNCIA DO CONHECIMENTO

Realismo – Admite a existência do objeto independente do sujeito e transcendente a ele – Aristóteles;

Idealismo – Toda realidade é um atributo da consciência. Descartes

Fenomenismo – Admite a possibilidade que existam objetos exteriores à consciência.

Kant (fenomenista) posição: idealismo transcendental (o mundo é diferente do que eu percebo, logo eu não posso ter certeza que ele existe).

OBS.: - Nômeno _ (é a coisa em si)

- Fenômeno – (é a coisa em mim)

Bibliografia:Hessen, Johannes. Teoria do Conhecimento. Coimbra, Arménio Amado, 1973.