domingo, 17 de março de 2019


Anjo ou Borboleta? 38

Valho-me do silêncio das madrugadas para escrever, e fico a observar as vidas pelas quais doei a minha vida, estão serenas, úteis, prósperas e felizes...
Eu aqui no meio do caminho a esperar ao menos uma mensagem tua, seria o suficiente apenas uma palavra "alô" - mas nada, tudo vazio na tela da imensidão da web.

Penso que talvez seja por eu não querer me despedir, a razão determina, mas meu coração e  desejo luta em dizer não.
Tanta despedida, já reparou senhor Destino que eu vivo a me despedir ou dar adeus?
Minha vida parece ser apenas perdas...

Seguirei ou continuarei sozinha em meus caminhos?
Será que não conseguirei fazer com que alguém de coração igual ao meu, que há muito não me aparece, nem em sonhos,  se desencante, e enfim, eu ouça um feliz: estou aqui.
Céus - eu ainda  acredito em Contos de Fadas!
Eu vejo a Vida  através das janelas de outros?  
E o Amor? É amor? Haveria  eu de saber um dia?
Tão cheia de sonhos, ingênua e tão grávida de desejos, Estarei pronta para receber os prazeres, que a vida fora dos austeros muros do convento, de onde viera, daquele ponto do passado, onde a menina,  um dia saíra?
Mas, isso fora há muito tempo...
E agora, somente agora, ao entardecer da  vida se perguntava.
Perfeito homem, aquele que tinha a ternura afetuosa e milenar das histórias de Contos de Fadas - idealizara que  ele a adoraria com toda a sua alma e que haveria de querer-lhe com meiguice, passeariam juntos de mãos dadas, passariam as noites sob a poeira cósmica das estrelas e sempre adormeceriam abraçadinhos, sob lençóis da mais fina seda, ouvindo o palpitar dos corações e o calor dos corpos sonharia sonhos coloridos.

Até esquecera, que hoje era o dia que viera ao mundo - também não haveria necessidade de colocar isso em microfones. Na verdade, queria era mais esquecer - ficar anônima - anestesiada- descobrira o quão era confortante ficar quietinha no canto do mundo - depois de tantos desenganos. E tinha o direito de chorar sozinha.
 

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