quinta-feira, 22 de novembro de 2018



*MEA-CULPA
{Responsabilidade pelas próprias falhas)

Aprendi que não deveria nunca ter trocado o que mais queria na vida pelo que desejei em um momento de paixão.

Me afastei de pessoas que me pareciam ser para sempre, e me aproximei de outras que nunca jamais imaginei conhecer.

Acredito, hoje, que fiz muitas coisas no cotidiano, do jeito melhor que sabia, meio torto, talvez, mas do jeito mais bonito que sei...

As vezes tenho medo de mim mesma, mas também de algumas pessoas, e corro para um único refúgio: a solidão. Com ela não perturbo ninguém -além de mim mesma- ficar comigo e com minha melancolia, com meus risos ou lágrimas, que não podem ser incômodo a ninguém.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018


Quem me dá calor?
Tu, olhar sarcástico, que me contemplas na escuridão.
Caçador escondido além das nuvens.
Me contorço, torturada, e tão frágil.
Sei que tens poder de penetrar em meus mais secretos pensamentos.
Cansada estou...
Olhei, por um instante, para um vazio tão cheio de tudo.
Esperança me acolheu e me mostrou algo mais profundo.
É como olhar um vasto horizonte.
Tão belo e tão longe.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Assassinos do amor *
Cada homem mata aquilo que ama
Alguns fazem com expressão amarga
Alguns com uma palavra lisonjeira
O covarde o faz com um beijo
O bravo com uma espada

Alguns matam seu amor quando são jovens
E alguns quando são velhos
Alguns estrangulam com as mãos da luxúria
alguns com as mãos de ouro
O mais bárbaro usa uma faca, porque quem morre tão depressa esfria...
Alguns amam pouco demais
Alguns por tempo demais...
* "Se as borboletas falassem..."
O Banquete do desejo.
Afinal o que querem os homens? Esses homens que arrastam o desejo humano para uma deriva sem fim, mesmo tentando ancorá-lo em soluções parciais; dessa dialética entre carência e astúcia move-se o desejo, agita-se Eros infinitamente...
É incompletude, é carência que atinge toda e qualquer pulsão do desejo.
Alteridade ou alguma coisa que está para além do sujeito desejante e que ele quer para si.
A maior fantasmagoria eleita pelo masculino será o do feminino, visado como objeto de gozo total, impossível de ser completado, apesar das atualizações.
Edgar Alan Poe escreveu um conto intitulado : "A Carta Roubada" em que ele mostra que assim como o sentido do desejo último dos significantes nunca é alcançado, esta 'Carta Roubada' tem vários destinatários e nenhum; seu conteúdo nunca pode ser apropriado inteiramente, mantendo-se apenas como uma potencialidade de sentido e, no caso do conto de Poe, uma potencialidade de poder para quem a possui.
Metáfora certeira para a palavra que sempre cerca seu sentido, mas nunca o alcança. Por mais visível e audível que as palavras sejam,elas nunca podem ser decifradas totalmente -seu significado sempre desliza e escapa - da mesma maneira que a Carta Roubada, no conto de Poe, desliza continuadamente por vários possuidores. Mesmo estando perfeitamente visível e disponível em cima da mesa ou da lareira, nunca é vista pelos que a querem encontrar - a mulher e o desejo do homem pela mulher tem também essa característica. Por mais próxima que a mulher esteja de um homem, ela é sempre invisível, para o homem a mulher não existe.
Como dizer isso se o homem faz sexo com uma mulher desde sempre? Os homens, na verdade, fazem sexo com todas as mulheres e não com uma em especial, repetindo no seu inconsciente o tempo da horda primitiva, em que todas as mulheres pertenciam a um único Pai mítico, dono do falo.
A mulher como individualidade lhe escapa sempre, ela é apenas um objeto do desejo.
"Se as Borboletas falassem..." Parte II

terça-feira, 21 de agosto de 2018

A Eterna Dança...

Sou eu - disse em pensamento para a imensidão do mar de Carapibus...
O mar reponde-me, prontamente, eu te perguntei?
Respondo: Mas eu te aviso porque tenho receio de que me desconheças e me devores com tuas águas tão profundamente misteriosas e furiosas.
-Mulher és tão frágil em tua sensibilidade humana, por acaso me amas, como podes amar -me se sou misterioso e desconheces minha real natureza?
E como dissesse, silenciosamente,com olhar de olhos fechados: : - Não precisas ser belo ou bom para que eu te ame. E mais, não existe nada mais importante na vida do que aprender a amar justamente o que não é nem belo nem bom...
Me basta amar o neutro...Não necessito de tua licença poética.

Cai a tarde, é o crepúsculo chegando...
Sentiu o abraço, era ele, e o viu sentar-se ao seu lado, tão perto que pôde sentir o perfume, que atrevido, insinuou-se acariciando um abraço na minha pele, como se Ele fosse dono de mim.

Esqueci o esquecimento dele, e deixei-me ficar ali, trêmula e sem palavras.....
Passei meu olhar pelo queixo anguloso, boca e finalmente pelos olhos da cor do mar...

Quis fugir dali, mas não conseguia ....Talvez fosse aquele olhar que me hipnotizava... e tirava-me as forças.
Então, conclui, que a eterna dança da paixão recomeçara...

terça-feira, 14 de agosto de 2018


A melhor Arte de Deus Obra Prima!

Immagina non c'è il paradiso
E 'facile se si tenta
Nessun inferno sotto di noi
Sopra di noi solo il cielo
(Imagine)
 Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu

segunda-feira, 13 de agosto de 2018



Quarto de motel 129

Ouso contar para quem interessar saber, a dor da saudade
que me invade o corpo. Sei tão pouco sobre Ele! E ainda assim
tento barganhar com a solidão suave e serena. Esse é o
sintoma de quem leva um fora ou é abandonada por um homem
que se alimenta do amor das mulheres sem nada dar em troca.
Homens que são crias de tempos de Aids, Net, sexo casual e virtual,

Viagras, silicones, homens metrosexuais -'experts' na Arte da

sedução. Sei que é demodê se sofrer hoje em dia por assuntos de

paixão;o sensato seria se continuar a trajetória em busca de outro
relacionamento.

Ás cinco e pouco, ele já esperava no local combinado - uma rua
deserta. Entrei no carro um tanto desajeitada e nervosa. Naquele instante

saí da própria vida e entrava em outra. Misteriosa e secreta. Quase me convencendo que a decisão que tomara seria um imenso erro... Entretanto, quando olhei para a boca de sorriso largo e lindo... Desisti!
Beijou-me suavemente, num roçar de lábios que pareciam asas de borboleta. Ali mesmo dentro do carro iniciou lindo ritual...

A sua língua, começou a penetrar os meus lábios que se derretiam debaixo dos seus, e em segundos, já se entrelaçava na minha, numa dança, ávida de intensos prazeres.

Foi assim que Ele chegou para mim assim como chega o rei para sua amada Maria; cobri-lhe os sentidos com meus beijos. Sem noção, louca de desejos, queimei-lhe a pele deliciosamente com o meu tesão.

Lembrei que seu olhar tinha o brilho de mar calmo e sorriso de ‘quero-mais’. O dia chegava ao fim e essa seria a primeira vez que iríamos ficar juntos. Tantas e tantas fantasias... Aquelas paredes daquele quarto 129 guardariam?

Ao abrir a porta, parei subitamente, ele como se adivinhasse minha hesitação, me abraçou por trás e suas mãos procuraram ávidas todos os recantos do meu corpo trêmulo. Maravilhoso sentir seu corpo junto ao meu, o clima sensual nos envolvendo; corpos suando levemente pelo movimento e pela proximidade do calor do outro.

A textura da pele sentida através de leves toques das mãos nas costas, dos rostos colados, das mãos juntas. O cheiro dele me fazendo quase esquecer de onde estava, suas pernas tocando,apertando, envolvendo. A sua boca na minha, passando pelo meu pescoço. Suas mãos segurando meus ombros com força, as minhas apertando seu corpo, acariciando suas costas, minha boca em sua orelha, beijando, mordendo, lambendo. Língua sugando os mamilos túrgidos de tesão. Estas são eternas lembranças intensas... Os toques dos lábios dele… A força daqueles braços... A intensidade do desejo, mesmo antes que roçasse minhas nádegas, mostrando a força do seu sexo. Sinto-o dentro de mim, me penetrando firmemente…

Houve momento especial que não pude conter suspiros, gemidos ao senti-lo passando a língua entre as pétalas de minha rosa ardente e orvalhada...

Abriu-se mais, desejando que ele visse todos os detalhes das reentrâncias íntimas... A glande intumescida surgiu pulsante, avermelhada e queimando... Tocando exatamente no ponto onde a pele era quente, sedosa e úmida e quase me provocando um orgasmo. Logo depois senti a espada entrar vagarosamente e a grutinha se apertar faminta... Movi o quadril e centímetro a centímetro iniciar a dança magistral e secular que homem e mulher realizam deste o gênesis... E assim totalmente enfiados eu e ele chegamos ao supremo gozo... E quedamos exaustos abraçadinhos até o sono nos vencer.

Chamo, clamo, novamente, aquele homem para escrever em meu corpo, a linguagem e a urgência do desejo, novamente tê-lo, loucamente, num prazer mútuo alcançar, obedecendo, num ritual carinhoso ao olhar devorador. Será tudo que importa...

Que o mundo perceba, não importa, o corpo de fêmea enlouquecida de tesão, eternizando em versos, um momento único de entrega total, semelhante ao acontecido nas manhãs chuvosas... Quando o desejo nasce mais intenso.

“Guardo ainda o seu gosto e seu perfume e assim continuarei a fazê-lo até os últimos dias da minha jornada. Refiz naquele momento destino diferente. Ele tornou-se amado amante das Mil e Uma Noites...
Na cama com lençóis de cetim imaginários ficaram impregnados nossos suores perfumados de desejos, sons de gemidos de prazer; e sem vergonha e sem receio pintamos linda aquarela de horas de tesão.
Assim foi o acontecido em um quarto de motel 129”.

(Hoje, Sexta-feira de tons cinza, tristeza na alma, sinto-me assim. Verdade tão singular que seria incapaz de contar a alguém – gostaria de ser eterna e plena, anseio pela liberdade, selvagem e única, que transgride o cotidiano, de desejar sem ser satisfeita, ter que calar, senão apedreja, este é mundo de homens lobos. Onde objeto do amor sensual, desejado, move seu pensamento desesperadamente, em tentativa de criar um espaço dentro de dimensões ilimitadas e abstratas –num processo de sensualidade, numa fragilidade de emoções, própria de quem ama – forma de libertar das amarras - vitória dos sentimentos mais íntimos - que um ser possa sentir por outro).
Livro Desejo & Solidão (ainda não publicado)


Gozo Blue
Sou essa mulher que faz em prosa a poesia do amor declarado por um homem. Um homem, apenas,  que faz sentido sentir tesão...
Tesão que me obriga carinhosamente a ter vontade de gozar – gozar sem se importar onde, quando e como. Recebo e percebo a dimensão do sonho hedonista d’ele – transformado em meu corpo em sublime prazer. Imensurável é a sorte de tê-lo encontrado e descobrir como é bom seus beijos molhados, doces, cheios de tesão...
A paixão...De gosto-de-quero-mais...A emoção de escrever linhas e mais linhas de adjetivos – de lembranças tão lúcidas que arrasta o pensamento a cada som, a cada suspiro e cada súplica – “sente o
meu corpo... eu sinto o teu... mistura os teus pelos nos meus e faz de conta que somos um só, seja em que local estejas... Sente meu Desejo por Ti, não importando com quem estejas – eu preciso de você... Meu corpo está louco para ver o teu, nascestes para ser minha alegria, jamais me faças solidão”.

Quero um amor lindo – qual manhã de primavera, momento real de nossas vidas – de duas pessoas terem vontade de ficarem juntas, nem que seja, sempre, de loucos momentos!

Sentirmos um ao outro. Mesmo que seja uma felicidade proibida...(ditada pelos falsos padrões de moralidade). Sentia-se feliz – corpo e alma. Densa. Preenchendo universos somente nosso, surpreender por ser sem limites para amar...

 
Adoro ter tuas palavras, e beber das tuas poesias, amo sentir teu tesão...insinuando-se por todo meu corpo e cada vez mais reacendendo a paixão que faz com que minhas fantasias e meus sonhos se tornem lindos. Tudo que vem de ti me toca o coração, e mesmo que tenha te dito adeus, eu te amarei em todos os dias da minha vida... Continuarás a ser meu SOL. E serei tua LUA....até o dia que teu coração quiser...Parar ...de gozar um gozo blue!
Por que falo sempre em borboletas?...
A borboleta, representa o exterior, aquilo que está constantemente se transformando. Que não é real, mas apenas uma ilusão.
Por detrás da borboleta está a face da consciência, olhando para dentro, para aquilo que é eterno.
Pessoas que não podem ser verdadeiramente sábias e livres,
por que abandonaram suas velhas ideias e ainda não encontraram as novas que irão atraí-los para mais perto da perfeição.
Por que falo sempre poeticamente em borboletas?
"Tinhas predileção pela solidão, enquanto o bando do mundo
ia a uma direção apenas tu,seguias o mesmo caminho - após
esperares que tudo ficasse vazio. Ali estava uma alma madura
e sutil, embora um pouco melancólica, expressava-se por escrito, assim preferia, usava uma linguagem poética e erótica.
As borboletas a entendiam-,... Alguma similitude havia: ouviam-na através de laivos de ternura e doce pesar por um mundo que desapareceu (...ou talvez, nunca tenha existido!).
Nelas a expressão mais íntima do lamento da era moribunda (...e nascente).
O espaço entre dois olhos abriu-se, revelando o lótus do desenvolvimento espiritual e o sol da consciência que se
levanta.
Se ergue através da ascensão do sol interior, nasce a meditação ou a reflexão: Quem tu és!

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Mulher, atenção!
Preciso te contar uma coisa: você está sozinha. Mas relaxa, isso não deve ser uma coisa ruim. Apenas saiba que ninguém vai se importar com o que você sente se você não se importar. Ninguém vai ter responsabilidade emocional com você, só você.

Você não vai ser o amor da vida de ninguém, se antes disso, não for o amor da sua vida. Ninguém é obrigada a te amar, te querer, ninguém vai se perder para te encontrar. Mas é a sua obrigação se amar, se querer, e não se perder em troca do amor de ninguém.
A realidade é que não amamos  com os olhos, porque estes descobrem dezenas de falhas, mas com o coração, o coração ama, apesar do que vê de torto...
*EU EM PEDAÇOS...(1)

"Todos têm seu próprio dançar, e um coração selvagem", eu receio apaixoná-lo, a vida tem sido áspera comigo, não que eu me recorde que tenha alguma dívida cármica..
Sigo sozinha, será mais fácil levar meu corpo inteiro para dentro dos livros – meus amantes, e eles serão sempre muitos. Nem deixam saudades e nem esquecem da gente, doam-se completamente e assim vivo com a deles e a minha própria vida,; Transmutada cada vez que meus olhos filtram e absorvem milhares de frases – num doce processo de catarse, posso assim dizer?Acho que posso.
Mini conto para quem é racista...
O homem da cor de chocolate

Dia igual. Caminhava a beira-mar, perdida, ao léu. Esse caminhar sempre fora o bom bom da vida minha, gosto silencioso de conversar com o oceano, mar lindo, confidente leal e silencioso.Praia dos Seixas, quase paraíso perdido.
Ondas trazem-me uma figura de homem cor de chocolate. Uma visão? Não - é real.
Sento-me na areia. E fico de longe a observá-lo. Puxa!...Ele é bonito!
.Imagino sentir a textura de sua pele e cheirar... Beber as gotículas que se derramam sensualmente no corpo da cor de quase ébano.
Juro...! Estava admirada com aquele espetáculo ao ar livre...
Penso: - vai ver que ele é lento de raciocínio, e pouco inteligente.
Credo! Por que será que homem atraente tem que ser "burrinho"?
Suspiro... E fecho os olhos. Deu-me uma sede de morder a maçã vermelha - sempre levo comigo, nas caminhadas.
Escrevo contos mínimos. Resolvo que narrarei sobre essa aparição. Sou Mulher pós-moderna. Sim, deve ser isso..(*rs).

Abro os olhos e mordo a maçã - encontro o olhar dele em direção a minha boca. Ele sorri! ...Eu levo um susto...
Continua apenas a sorrir...
Talvez seja apenas um homem de poucas palavras.
Os olhos são lindos (... a alma também?). Da cor de duas esmeraldas.
Deita o corpo na areia - as ondas mergulham até as grossas coxas. O sexo proeminente... O pomo de Adão, também.

Meu olhar vasculha, palmo a palmo, o corpo masculino - virtualmente, minha imaginação voa.
Sinto algo intenso..
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Abro os olhos e a visão sensual desapareceu...
Terá sido apenas uma miragem-fantasia
Fátima Pessoa (2007)


"I  my self 
Seja doida. seja chata. 
Seja divertida. seja amiga.
Seja qualquer coisa.
O importante é ser você.

❤️"
I my self
Seja doida. seja chata.
Seja divertida. seja amiga.
Seja qualquer coisa.
O importante é ser você.


Prazer de Afrodite.
'O que será que será' que andam suspirando as borboletas deste imenso vergel?
Que desperdício exigir amor dos mais afastados, e lá vem o tédio da existência, a vontade de violência, o desejo de sentimentos e sensações fortes.  Ainda,  em nós, respira o velho modo de gritar, como verdade: Eu quero o que a vida me prometeu!
Essa 'humanidade de bem' raramente diz a verdade, nossa carne é tenra, nossa pele é de cordeiro e sangramos quando em altares de sacrifícios.
As borboletas cantam: quero sentir tuas mãos em meu rosto! E na noite de leve brisa, essas súplicas são capturadas naquela eterna canção de abismo... 
 Onde encontram-se os sonhos do sonho da vida?...Em vão...não vão...Acredita no amor...Espera horas,dias...anos. E ficam a fitar retratos e sonha..
Um sussurro de prazer vale mais do que mil páginas escritas com amor?
Fragmento do Livro "Se as borboletas falassem"...
07 agosto 2018

quinta-feira, 7 de junho de 2018

A quem interessa a Guerra?
O homem primitivo considerava uma virtude derramar o sangue estrangeiro. A guerra perdura, porque o homem evoluiu do animal, tornando-se humano, e todos os animais são belicosos, as causas ( primitivas) das guerras :
-A fome, que leva a surtidas em busca de alimento. A escassez de terras tem sempre trazido a guerra e, durante essas lutas, as primeiras tribos pacíficas praticamente foram exterminadas
-A escassez de mulheres — uma tentativa de aliviar a falta de ajuda doméstica. O rapto de mulheres tem sempre sido uma causa de guerra.
-A vaidade — o desejo de exibir a bravura tribal. Grupos superiores lutavam para impor o seu modo de vida aos povos inferiores.
- A vingança era motivo de guerra quando uma tribo acreditava que outra tribo vizinha houvesse causado a morte de um companheiro de tribo. O luto continuava até que uma cabeça era trazida para a tribo. A guerra pela vingança foi considerada justificada, até uma época relativamente moderna.
- Os escravos — a necessidade de recrutas para as fileiras de trabalho.
-A recreação — a guerra era encarada como uma recreação pelos jovens dessas épocas primitivas. Se não havia nenhum pretexto bom e suficiente para que a guerra surgisse, quando a paz se tornava opressiva, tribos vizinhas costumavam entrar em combates semi-amistosos, em escaramuças, como folguedos, para desfrutarem de um simulacro de batalha.
E Finalmente a RELIGIÃO ! A religião — o desejo de fazer conversões para o próprio culto. As religiões primitivas, todas, aprovavam a guerra. Apenas em tempos recentes a religião começou a reprovar a guerra. Infelizmente, os sacerdócios primitivos, em geral, eram aliados do poder militar. Com o passar do tempo, um grande passo na direção da paz foi o esforço para se separar a igreja do estado.
O ser humano, tão logo, resolveu parcialmente o problema da sua subsistência, o homem deparou-se com a tarefa de regulamentar as relações humanas. O desenvolvimento das atividades organizadas requeria leis, ordem e ajustamentos sociais; a propriedade privada requeria uma administração. A guerra é uma reação animalesca aos desentendimentos e às irritações; a paz acompanha a solução civilizada de todos esses problemas e dificuldades.








 Quais as consequências para uma pessoa que ignora as emoções negativas?
Imagine que vc está infeliz num trabalho, mas fica dizendo: "pelo menos tenho um emprego, vou ignorar isso". Cinco anos depois, vc estará na mesma posição e não terá aprendido com suas emoções. Os sentimentos contêm informações a respeito das coisas com as quais nos importamos. Se está desmotivado num emprego e presta atenção nisso, pode se perguntar o que o faz infeliz, se é a falta de crescimento de criatividade ou de colaboração. As emoções permitem trazer à tona nossos valores e, assim, ver o que fazer de diferente. Muitos têm dificuldade com isso porque têm medo.Mas sentir emoções não é ser dominado por elas. Elas são informações, não direcionamentos. Não é porque vc está chateado com 'chefe' que vai brigar com ele, entretanto , vc pode entender o que essa situação representa e tomar decisões guiadas por seus valores.Não fazer isso, pode nos tornar vítimas de pensamentos irracionais. A depressão é a principal causa do afastamento do trabalho no mundo, e penso que é resultado disso.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Vale Mais Ser Amado ou Temido?

 Satisfatório ou ideal seria ser as duas coisas, mas como é difícil reunir as duas coisas, é muito mais seguro - quando uma delas tiver que faltar - ser temido do que amado. Porque, dos homens em geral, se pode dizer o seguinte: que são ingratos, volúveis, fingidos e dissimulados, fugidios ao perigo, ávidos do ganho. E enquanto lhes fazeis bem, são todos vossos e oferecem-vos a família, os bens pessoais, a vida, os descendentes, desde que a necessidade esteja bem longe. Mas quando ela se avizinha, contra vós se revoltam. E aquele príncipe que tiver confiado naquelas promessas, como fundamento do ser poder, encontrando-se desprovido de outras precauções, está perdido. É que as amizades que se adquirem através das riquezas, e não com grandeza e nobreza de caráter,
 compram-se, mas não se pode contar com elas nos momentos de adversidade. Os homens sentem menos inibição em ofender alguém que se faça amar do que outro que se faça temer, porque a amizade implica um vínculo de obrigações, o qual, devido à maldade dos homens, em qualquer altura se rompe, conforme as conveniências. O temor, por seu turno, implica o medo de uma punição, que nunca mais se extingue. No entanto, o príncipe deve fazer-se temer, de modo que, senão conseguir obter a estima, também não incite o ódio.

Nicolo Maquiavel, in 'O Príncipe'



O EVANGELHO SEGUNDO A FILOSOFIA.
Para combater a 'CRENDICE', cultive o estudo das ciências, para combater candidatos a TIRANOS cultive o "debate  de ideias".
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*Para os romanos, a solidão procede de um ódio ao gênero humano; para São Bento, ela devia ser encorajada, pelo menos enquanto reflexão.

*Leitor do Evangelho, São Francisco pôs-se simplesmente a imitar a figura humana de Jesus, como um viés otimista em relação ao homem.
* MEDO.
O medo é uma coisa meio estranha, o terror é tão louc, tão real e o pior que temos de lidar com tudo isso. Existir é sobreviver a escolhas injustas.


Refletindo sobre o Conhecer.

Na vida real incontáveis vezes, a pergunta: O que eu conheço? Pensei em várias coisas que no meu cotidiano eu conheço, mas serão verdade realmente as coisas que eu conheço?

Percebo que pode ser que tudo o que eu tenha são crenças, algumas até muito razoáveis, mas nada de que eu possa dizer que é uma verdade irrefutável. Percebo, então, que me falta um parâmetro para examinar as minhas crenças e verificar quais são realmente certas e quais são falsas.

Durante a história da filosofia, vários foram os filósofos que tentaram estabelecer as condições para que algo fosse tomado como absolutamente verdadeiro, isto é, uma verdade que independesse de fatores circunstanciais e que fosse algo que não fosse verdadeiro para mim ou para um grupo de pessoas, mas para todos os seres racionais. Ou seja, tivesse condições universais de validade.

Temos contato diariamente com pessoas ou grupos de pessoas com crenças que para alguns são estranhas, ou mesmo para nós. É preciso que se trate de uma verdade universal, isto é, válida para todos, tanto para a maioria quanto para as minorias. Portanto, o que os filósofos investigam são as condições universais de validade, aquelas condições que independem das opiniões particulares que eu ou outra pessoa possa ter.

Quando o assunto é conhecimento – não foi fácil observar e concluir que há um enorme abismo entre as experiências minhas de ‘cada-dia’ e todas aquelas coisas que penso saber acerca de mim mesma e do mundo. “No “texto do autor Hessen (pag.33 - linhas 20 e 21)” a verdade do conhecimento é a concordância desta imagem com o objeto “- essa definição nos leva a crer que conhecer é se colocar racionalmente (sujeito <-> objeto) em um espaço, espaço esse no qual o conhecimento seja uma impressão ou conceito cujas regras ou critérios tenham compartilhamento público e racional.

Na investigação sobre as condições de validade do nosso conhecimento um grupo de filósofos merece destaque: os céticos. O termo cético vem da palavra grega skepsis, que significa "exame". Atualmente, dizemos que uma pessoa cética é alguém que não acredita em nada, mas não é bem assim, seria radicalizar essa concepção ou conceito. Um filósofo cético é aquele que coloca suas crenças e as dos outros sob exame, a fim de verificar se elas são realmente dignas de crédito ou não. O criticismo também como possibilidade de conhecimento é a verdade conhecida somente pela crítica e reflexão (Kant). Em contra mão ao ceticismo existe o dogmatismo que aceita a verdade sem questionar a razão dessa certeza, dessa possibilidade do conhecimento.

Há várias correntes filosóficas como a dos Racionalistas, para estes só é aceito o conhecimento se haver validade universal e necessidade lógica. No entanto, ele reconhece juízos parciais que são aqueles que dependem de experiências. O Empirismo afirma que o conhecimento é fonte de experiências e que o pensamento não se produz sozinho.



Bibliografia:

Hessen, Johannes. Teoria do Conhecimento. Coimbra, Arménio Amado, 1973.

ESQUEMA DAS QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE A TEORIA DO CONHECIMENTO

O Fenômeno do Conhecimento

Dualismo – (sujeito/imagem/objeto) –

- Sujeito - É estudado pela Psicologia.

- Imagem- Estudada pela Lógica.

- Objeto – Estudado pela Ontologia.

Ontologismo: escola que dá importância demasiada ao objeto.

- Em relação aos objetos temos:

- Objetos reais;

- Objetos ideais (Relações matemáticas, etc.)



Psicologismo, logismo e ontologismo são posições extremas quanto aos fenômenos do conhecimento.

Dessas três posições acima, surgem as seguintes perguntas com relação ao conhecimento:

- 1- Possibilidade do conhecimento;

- 2- Origem do conhecimento;

- 3- Essência do conhecimento.

SOBRE A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

Dogmatismo: Possibilidade do conhecimento verdadeiro. – Aristóteles;

O dogmatismo apresenta-se sob várias formas:

a- Teórico : Não há problema para a relação sujeito X objeto;

b- Ético : Aceita a possibilidade de conhecimento de valores, a verdade da relação sujeito-objeto e institui normas;

c- Religioso : Posição idêntica à anterior.

Ceticismo-Impossibilidade de haver conhecimento verdadeiro. - Descartes;

Relativismo- ou subjetivismo –Possibilidade relativa de se atingir a verdade;

Pragmatismo- conceito de verdade ligado ao de útil, trazendo harmonização homem-meio – William James;

Criticismo – Verdade conhecida somente pela crítica e reflexão – Kant



SOBRE A ORIGEM DO CONHECIMENTO

Empirismo - Origem do conhecimento através da sensação - Locke;

Racionalismo – Origem do conhecimento baseado na razão – Descartes;

Intelectualismo – posição entre racionalismo e empirismo – Aristóteles;

Apriorismo – Tb.entre racional. e empir. porém c/condição a priori – Kant.



SOBRE A ESSÊNCIA DO CONHECIMENTO

Realismo – Admite a existência do objeto independente do sujeito e transcendente a ele – Aristóteles;

Idealismo – Toda realidade é um atributo da consciência. Descartes

Fenomenismo – Admite a possibilidade que existam objetos exteriores à consciência.

Kant (fenomenista) posição: idealismo transcendental (o mundo é diferente do que eu percebo, logo eu não posso ter certeza que ele existe).

OBS.: - Nômeno _ (é a coisa em si)

- Fenômeno – (é a coisa em mim)

Bibliografia:Hessen, Johannes. Teoria do Conhecimento. Coimbra, Arménio Amado, 1973.